quinta-feira, 17 de julho de 2014

Aterro sanitário

Etapas de instalação de um aterro sanitário

Impermeabilização: Inicialmente o solo é compactado e é colocado uma camada impermeabilizante, evitando a contaminação do solo através do chorume produzido pelo material orgânico e tóxico.

Sistema de drenagem:  Construida por tubos perfurados que irão coletar o percolato e conduzi-lo até a estação de tratamento.

Biogás: São instalados tubos horizontais perfurados com a finalidade de capturar o gás gerado pela decomposição da matéria orgânica.

Compactar o lixo: O residuo é compactado e coberto por uma camada de solo e assim sucessivamente até o encerramento do aterro.

Encerramento:  Consiste na cobertura final do aterro com mantas impermeáveis e cobertura com solo compactado, podendo ser colocado cobertura vegetal na área.

Vantagens dos aterros controlados

  • O gás do lixo desperdiçado é convertido em fonte de energia renovável;
  • A liberação de metano (CH4) para a atmosfera é reduzida ou eliminada – metano é 21 vezes mais prejudicial para o aquecimento global que o dióxido de carbono (CO2);
  • O gás de aterro representa uma alternativa para os combustíveis convencionais;
  • Muito eficiente para a geração de energia com motores a gás;
  • A energia gerada através da queima do gás de aterro não é tarifada pela utilização da rede de distribuição das concessionárias.
Referências:
SÁ, Jocelito Saccol de. Funcionamento do Aterro Sanitário. TICs. Disponível em < http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/dfr/biblioteca/funcionamento_do_aterro_sanitario.swf >. Acesso em 16 de julho de 2014.
 
MORAES, Marcus Antônio. Aterro Sanitário: vantagens e desvantagens.  nov. 2012. Disponível em < http://aterroparaiso.blogspot.com.br/2012/11/vantagens-e-desvantagens.html >. Acesso em 17 de julho de 2014.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Projeto Genoma Humano



Iniciado formalmente em 1990, O Projeto Genoma Humano foi coordenado por 13 anos pelo Departamento de Energia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. O projeto originalmente foi planejado para ser completado em 15 anos, mas o desenvolvimento da tecnologia acelerou seu final para 2003.
As principais metas do Projeto Genoma Humano foram:
• Identificar todos os genes humanos;
• Determinar a sequência dos cerca de 3,2 bilhões de pares de bases que compõem o genoma do Homo sapiens;
• Armazenar a informação em bancos de dados;
• Desenvolver ferramentas de análise dos dados;
• Transferir a tecnologia relacionada ao Projeto para o setor privado;
• Colocar em discussão os problemas éticos, legais e sociais que pudessem surgir com o Projeto.

Essa primeira visão do genoma humano produziu uma enorme quantidade de informação e mostrou algumas surpresas. “Muito ainda permanece para ser entendido nesse mar de informação, como concluído pelos cientistas envolvidos nesses estudos, quanto mais aprendemos sobre o genoma humano, mais há para ser explorado.”

A seguir, alguns resultados obtidos na primeira publicação da sequência:
• O genoma humano contem 3,2 bilhões de nucleotídeos;
• O tamanho médio dos genes é de 3.000 bases, mas varia muito, sendo o maior deles o gene da distrofina com 2,4 milhões de pares de bases;
• A função de cerca de 50% dos genes descobertos é desconhecida;
• A sequência do genoma humano é 99,9% exatamente a mesma em todas as pessoas;
• Cerca de 2% do genoma codifica instruções para a síntese de proteínas;
• Sequências repetidas que não codificam proteínas constituem mais do que 50% do genoma humano;
• Não são conhecidas as funções para as sequências repetidas, mas elas ajudam a entender a estrutura e a dinâmica dos cromossomos. Através dos anos essas repetições reformulam o genoma rearranjando-o, criando desse modo genes inteiramente novos ou modificando genes já existentes;
• O genoma humano possui mais sequências repetidas (50%) do que  Arabdopsis thaliana (11%), o verme C. elegans (7%), e  Drosophila (3%);
• Mais do que 40% das proteínas humanas preditas compartilham similaridade com as proteínas de moscas e de vermes;
• Genes estão concentrados em áreas, ao acaso, ao longo do genoma, com vastas sequências sem código para proteínas entre eles;
• O cromossomo 1 (o maior do genoma humano) tem o maior número de genes - 3.168 – e o cromossomo Y, o menor -344;
• Algumas sequências gênicas específicas foram associadas com numerosas doenças e disfunções, incluindo câncer de mama, doenças musculares, surdez e cegueira;  
• Os cientistas localizaram, no genoma humano, milhares de locais nos quais há diferença de apenas uma base. Essa informação promete revolucionar o processo de encontrar sequências de DNA associadas com doenças muito comuns tais como disfunções cardiovasculares, diabetes, artrite e câncer. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Replicação, transcrição e tradução.


Boa noite!
Vídeos mostrando a Replicação do DNA; Transcrição do DNA para formação do RNA; e a Tradução (síntese proteica), respectivamente.





Viciado em Internet? A culpa pode ser dos seus genes, diz pesquisa:



Um estudo realizado pela Universidade de Bonn e Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim (Alemanha) descobriu que a dependência da internet pode ter origem genética. Segundo o Jornal Adiction Medicine, um grupo de cientistas afirmou que os internautas viciados apresentam alterações em um gene que tem ligação com o vício em nicotina.

O estudo, realizado com 843 homens e mulheres, encontrou 132 pessoas com comportamentos problemáticos com relação à internet. Os pesquisadores, então, coletaram o DNA do grupo de dependentes e o comparou com o de pessoas com as mesmas idades e sexo, porém que não apresentavam problemas com a web.

O resultado mostrou que os viciados em internet portavam com mais frequência uma variação em um gene chamado CHRNA4. O estudo ainda concluiu que algumas mulheres apresentaram ainda mais mutações no gene, o que as tornaria mais propensas ao vício em internet.

Os receptores deste gene são afetados quando entram em contato com a nicotina, e acabam promovendo a liberação de dopamina, que determina a sensação de prazer. De acordo com Christian Montag, um dos responsáveis pela pesquisa, esta variação também pode ocorrer com o vício em internet. O cientista ainda informou que serão necessários mais estudos para provar as suspeitas.

Artigo:
The Role of the CHRNA4 Gene in Internet Addiction: A Case-control Study.
Christian Montag et al.
Journal of addiction medicine 6 (3), 191-5 (Sep 2012)

Fontes: Olhar Digital

Medicina Molecular


Encontrei um blog de Divulgação Científica, trazendo diversas noticias no estudo da Biologia Molecular.

Nele encontrei a seguinte pesquisa: Câncer: Novos Alvos. Postado no dia 17 janeiro, 2013.


A medicina molecular tem ajudado a tornar o conhecimento sobre o câncer muito mais claro e passível de intervenções mais seletivas e eficazes. A observação é de Gilberto Schwartsmann, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e médico oncologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

“A pesquisa molecular abriu boas oportunidades para a descoberta de novos medicamentos contra o câncer. Até algumas décadas atrás, a tônica na busca de novos medicamentos anticâncer foi centrada na procura de drogas com efeito antiproliferativo. Com isso, não apenas as células malignas eram afetadas, mas também os tecidos normais que se renovam rapidamente”, disse Schwartsmann à Agência FAPESP.

Em consequência, segundo o pesquisador, as chamadas quimioterapias tiveram como característica a baixa seletividade pelo câncer e a ocorrência de efeitos tóxicos em tecidos normais com alta taxa de renovação, como a raiz dos pelos, a medula óssea e as células de revestimento.
Com as descobertas sobre a genética do câncer e o entendimento dos defeitos moleculares responsáveis pelo seu surgimento, tornou-se possível a identificação de vários defeitos moleculares envolvidos na gênese de alguns tipos de câncer.

“Isso proporcionou que fossem desenvolvidas estratégias de tratamento mais racionais e seletivas, dirigidas à correção de defeitos moleculares específicos. Ou seja, hoje a tônica é identificar um alvo molecular relevante, entender a função dos genes alterados, identificar as proteínas anormais resultantes destes defeitos genéticos, e buscar, com isso, novas alternativas terapêuticas que visem corrigir o impacto destes defeitos moleculares na regulação do crescimento celular”, disse Schwartsmann.

Dentre as estratégias mais utilizadas nas duas últimas décadas para interferir nos defeitos moleculares associados à gênese de tumores malignos, destacam-se a produção de anticorpos monoclonais que possam bloquear a sinalização – por receptores situados na superfície da célula tumoral e que confiram função anormal ou por meio de pequenas moléculas que possam inibir enzimas específicas que fazem parte dessas cadeias de sinalização de crescimento anormal no interior da célula maligna.

“Essas pequenas moléculas podem ser usadas em muitos casos por via oral – portanto de forma muito mais tranquila do que quimioterapias tóxicas injetáveis. Entretanto, para que essas estratégias tenham alguma chance de êxito, é fundamental que os alvos moleculares escolhidos sejam relevantes para o crescimento do tumor. De nada adianta interferir em um alvo que não seja importante para o crescimento das células malignas”, explicou Schwartsmann.

Segundo ele, para se chegar a um remédio eficaz e translacional em oncologia, é preciso primeiro identificar um alvo de interesse e confirmar a sua relevância biológica em modelos experimentais. Apenas após essas etapas estarem bem definidas é que se inicia a busca de substâncias que possam modular este mesmo alvo molecular. Do contrário, perde-se tempo com abordagens ineficazes. Um exemplo de sucesso dessa estrategia é o desenvolvimento do anticorpo trastuzumab, usado em um tipo de câncer de mama que expressa receptores anormais denominados HER-2.
Pacientes que expressam essa característica nas células tumorais têm a metade do tempo mediano de sobrevida em relação às demais pacientes com câncer de mama. Essa alteração está presente em cerca de 30% dos casos da doença e esses pacientes se beneficiam significativamente com o uso deste anticorpo monoclonal.

“Quando se quer desenvolver uma droga eficaz, o alvo tem que ser relevante do ponto de vista biológico. O que definiu o seu sucesso nesse caso específico foi o fato de que se pode observar que as mulheres que apresentavam em suas biópsias a amplificação do gene HER2 viviam a metade do tempo das outras (três anos no lugar de seis). Daí, a validade de se buscar drogas que pudessem interferir no HER2, chegando então ao trastuzumab. É claro que ele só interfere nesse receptor e apenas funciona no subgrupo que apresenta esta característica”, disse Schwartsmann.

De acordo com o professor ds UFRGS, esta estratégia dirigida à correção de defeitos moleculares específicos no câncer traz como consequência a idenficação de estratégias para grupos bem definidos de pacientes. Ou seja, torna os tratamentos cada vez mais personalizados.
Essa é a base do que se chama hoje de medicina personalizada, na qual são identificadas as características moleculares da doença naquele indivíduo específico e as suas características moleculares com relação ao metabolismo ou tolerância individual a medicamentos.

“Com isso, poderemos escolher intervenções mais específicas e com a melhor segurança possível para cada indivíduo a ser tratado. Mas há muito ainda a ser pesquisado. Temos remédios interessantes para um número cada vez menor de pessoas, porque os alvos estão mais seletivos”, disse o pesquisador durante o Simpósio de Medicina Translacional, realizado em 29 de novembro na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.

Outro exemplo de tratamento citado por Schwartsmann foi o da leucemia mieloide crônica, tumor caracterizado pela presença do chamado cromossomo Filadélfia, resultante da translocação de dois cromossomos (9 e 22).
Essa translocação resulta na produção de uma proteína anormal, com várias propriedades associadas à malignidade da doença. Em consequência, foram testados vários inibidores da função desta proteína anormal.
A partir de 2001, com o surgimento do medicamento chamado imatinibe (que inibe a proteína anormal), pode-se oferecer mais eficácia e muito mais segurança e conforto ao paciente, pois ele pode ser administrado por meio de comprimidos.

“Isso representa um avanço inquestionável em relação aos tratamentos quimioterápicos injetáveis e menos ativos utilizados no tratamento destes pacientes no passado”, disse Schwartsmann. Novas abordagens para o tratamento do melanoma – tipo de câncer de pele mais grave – também foram lembradas pelo médico.

“Depois de várias décadas sem o surgimento de um único medicamento que aumentasse em um dia a sobrevida dos pacientes sintomáticos com doença avançada, várias novas drogas têm sido desenvolvidas nos últimos dois anos. Essas drogas mostraram atividade isoladamente e estão sendo combinadas em estudos clínicos, com resultados preliminares muito promissores, e respostas muito superiores em relação aos tratamentos convencionais do passado, que não tinham impacto claro no tempo e qualidade de vida dos pacientes”, disse.

Alternativas promissoras
Schwartsmann ressalta que as novas drogas têm resposta em torno de 40% a 50% de eficácia. Uma delas, o vemurafenib, atua bloqueando a mutação na proteína B-RAF, causadora dos melanomas. Outra, a ipilimumab, indicada para o tratamento do melanoma metastático, estimula o sistema imunológico a atacar e matar as células cancerosas.

“Na realidade, mudamos o paradigma. Hoje em dia, em câncer, passamos a fazer tratamento com drogas-alvo dirigidas a características do tumor de cada paciente, ativas em alvos relevantes naquele indivíduo específico”, avaliou Schwartsmann.

Outras alternativas promissoras destacadas são os chamados imunoconjugados, que associam um anticorpo – capaz de se ancorar seletivamente nas celulas tumorais – e um agente quimioterápico ou radioterápico.
Com isso, leva-se a uma substância com ação antitumoral direto ao local em que está o tumor. Há exemplos de sucesso em câncer de mama, com a conjugação do trastuzumab com quimioterápicos e de anticorpos anti-CD30 e quimioterápicos em doença de Hodgkin e linfomas.
Outra estratégia, de acordo com Schwartsmann, consiste na modulação e ampliação da resposta de reconhecimento de células malignas pelo sistema imunológico do paciente.

“Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, em Boston, puderam aumentar significativamente o reconhecimento imunológico de células tumorais por meio do uso de anticorpos monoclonais que bloqueiam proteínas que o tumor produz e lhe propiciam uma forma de escape e tolerância por parte de nosso sistema imunológico”, afirmou o professor.

“Com isso, o organismo passa a atacar o tumor com mais eficiência. Essa estratégia tem produzido respostas em muitos tipos de câncer refratário aos tratamentos convencionais. É uma das áreas mais promissoras para os próximos anos" destacou Schwartsmann.

O pesquisador salienta que o conhecimento crescente da complexidade dos defeitos moleculares do câncer deixa claro que as intervenções médicas em fases tardias da doença são fadadas ao insucesso, uma vez que, em razão de sua instabilidade genética, o tumor adquire progressivamente uma maior capacidade de se defender das intervenções médicas utilizadas, ou seja, produz mecanismos de resistência aos medicamentos.

“A melhor estratégia para se resolver o problema do câncer seria sobretudo a sua prevenção e detecção precoce, quando as intervenções médicas têm melhor chance de corrigir de forma permanente os defeitos moleculares presentes no tumor”, disse Schwartsmann.

 Fonte: Agencia FAPESP


Ácidos nucléicos


Os ácidos nucléicos DNA e RNA são macromoléculas formadas por unidades monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos.
 Cada nucleotídeo é formado por: um açúcar do grupo das pentoses; um radical fosfato; e uma base nitrogenada.

 DNA: Composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e de alguns vírus. Seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e RNA.
Os segmentos de DNA que contêm a informação genética são denominados genes, o resto da sequência tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética.
Cada nucleotídeo consiste de um açúcar (desoxirribose, por ter perdido um átomo de oxigênio) ligado a um lado para um grupo de fosfato e ligado ao outro lado para uma base de nitrogênio.

RNA: Responsável pela síntese de proteínas da célula, é formado geralmente em cadeia simples, que pode, por vezes, ser dobrado, e as moléculas formadas por RNA possuem dimensões muito inferiores às formadas por DNA.
E constituído por uma Ribose, um fosfato e uma base nitrogenada.

Tipos de RNAs
RNA ribossômico: maior peso molecular e constituinte majoritário do ribossomo,organóide relacionado à síntese de proteínas na célula.
RNA mensageiro: peso molecular intermediário e atua conjuntamente com os ribossomos na síntese protéica.
RNA transportador: é o mais leve dos três e encarregado de transportar os aminoácidos que serão utilizados na síntese de proteínas.

Nesse link contém um trabalho do Prof. Odir A. Dellagostin da Universidade Tiradentes. Explicando toda a molécula de DNA e RNA junto com seu histórico de descobertas. 


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Introdução


Logo quando ouvimos falar de Biologia Molecular lembramos-nos do estudo dos processos de replicação, transcrição e tradução do material genético e a regulação desses processos.
Vemos que a BIOMOL é um campo de estudo diretamente ligada à genética e à bioquímica. Onde consiste principalmente em discutir as interações entre os vários sistemas da célula, partindo da relação entre o DNA, o RNA e a síntese de proteínas, e o modo como essas interações são reguladas.